A Santa Casa da Misericórdia de Coruche é detentora de um património, urbano e rústico, cujo rendimento é canalizado para as obras socio-caritativas no âmbito das obras de misericórdia.

Ao nível do património rústico desenvolve atividades como: produção animal, produção vegetal para alimentação animal, gestão florestal das diversas propriedades e arrendamento de parcelas agrícolas.

Ao nível do património urbano, faz a gestão do património, nomeadamente arrendamento dos prédios e manutenção de edifícios.

De salientar do património urbano, a Igreja da Misericórdia de Coruche, tendo em conta o seu interesse histórico e cultural.

A igreja da Misericórdia é um edifício de origem seiscentista que foi objeto de alterações no século XVIII, sobretudo após o terramoto de 1755, e mais tarde alvo de uma extensa campanha decorativa no final do século XIX. Ao longo do século XX sofreu algumas intervenções que a descaracterizaram e nas últimas décadas foi objeto de algumas beneficiações localizadas, mas pouco documentadas, permanecendo deficitária do ponto de vista da sua conservação patrimonial e da sua valorização social e urbana.

Atendendo ao seu deficiente estado de conservação, nomeadamente aos problemas estruturais e à degradação de pintura decorativa interior, decorrente de antigas infiltrações, decidiu a Santa Casa da Misericórdia concorrer ao Fundo da Rainha Dª Leonor, criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em 2015, para apoiar Misericórdias de todo o país, em projetos deste tipo. Tendo sido decidido favoravelmente o apoio, estão a decorrer desde 2019 obras de Conservação e Restauro da Igreja da Misericórdia, a concluir, previsivelmente durante o 1º semestre de 2021. De notar também que estas obras contam também com o apoio da Câmara Municipal de Coruche e de Irmãos da Misericórdia.